EMOÇÕES HUMANAS

O que são as emoções? - Para que servem? - Como se exprimem? - Como nos afectam? - Visão biológica - Visão médica - Visão psiquiátrica - Visão psicológica - Visão filosófica - Visão espiritual - Afectividade e saúde - Perturbações e doenças da emoções - Emoções não conscientes e conscientes - Os relacionamentos e as emoções - A comunicação emocional - A regulação das emoções - Como as emoções auto-organizam a mente - Como as emoções mantêm a mente integrada e unida - O conceito do EU - O Código das Emoções para o bem-estar e a felicidade.

TEXTOS de Nelson. S. Lima

AS EMOÇÕES AGRESSIVAS

Você sabia que há emoções que podem viciar o nosso corpo ao ponto de ficarmos dependentes delas como qualquer droga?


A ciência descreve as emoções humanas como estados passageiros que podem ser avaliadas em termos de tipo, intensidade, duração, variabilidade, mobilidade, amplitude e expressividade (entre outros parâmetros mais ou menos significativos).

Esta breve descrição permite perceber que são estados altamente dinâmicos e que mobilizam o organismo (de alguma forma, as emoções descrevem também o estado de saúde já que são profundamente orgânicas pese embora a sua componente psicológica). 

Numerosas pesquisas têm vindo a alertar para uma situação que está a tomar proporções preocupantes e que já conta com milhões de vítimas. É o caso das emoções agressivas  que romperam com uma das suas características. Tornaram-se "emoções de longa duração" (E.L.D.) e adquiriram a natureza de um vício ao envolverem químicos (hormonas) produzidos pelo organismo como são a adrenalina, o cortisol e as endorfinas.

As pessoas que sofrem de E.L.D. queixam-se de extremo cansaço, dificuldade em reagir, profunda desmotivação, dores musculares, períodos de sonolência diurna, perda de apetite ou a busca de alimentos açucarados como o chocolate de leite.

COMO SE FORMAM E ATUAM AS E.L.D.

Geralmente as emoções seguem uma sequência: início, carga, tensão, descarga e recuperação. Pode demorar minutos ou horas, e eventualmente repetir-se como acontece com o medo (uma emoção primitiva e vulgar).

No caso das E.L.D. acontece que as emoções ficam prisioneiras de uma ou mais situações e mantêm-se por longos períodos, variando apenas na sua intensidade. Diz respeito a emoções negativas que são desencadeadas e alimentadas por acontecimentos da vida.

A sua presença gera uma tensão nervosa constante obrigando o corpo a produzir mais adrenalina, mais cortisol e mais endorfinas já que - e este ponto é crucial - cria-se um ciclo vicioso e não há a etapa final de vida de qualquer emoção: a recuperação da estabilidade. O corpo mantém-se sempre em estado de alerta e defesa (injetando adrenalina no sangue e provocando distúrbios como nervosismo, hiperatividade, hipertensão, dores musculares, palpitações, problemas digestivos, etc. seguindo-se da produção de endorfinas que atuam como alívio dado o facto de ter propriedades analgésicas e prazerosas).

Ou seja, para que o corpo possa resistir à persistência da agressão química ele auto injeta-se de endorfinas (palavra composta por "endo" que significa interno e "morfina" - um forte analgésico).

A pressão e a confusão geradas pelas E.L.D. levam ao desgaste do organismo podendo  contribuir para o desencadear de inúmeras doenças, incluindo as de foro cancerígeno (oncológico).

As emoções que contribuem para uma situação de E.L.D. derivam de eventos e situações da vida - elas próprias prolongadas e que são geradoras de angústias, desgostos, traumas, perdas emocionais, desesperança, ofensa, etc.

O ciclo torna-se vicioso e requer um tratamento específico pois - e isto é importante que se diga - a pessoa com E.L.D. acaba por "aprender" a viver com preocupações, conflitos e stress, necessitando daquelas "drogas" que o seu próprio corpo produz e a que se habituou, em especial as hormonas calmantes e euforizantes (no caso, as endorfinas).

Não se pode acusar uma pessoa que sofra de E.L.D. de procurar viciar-se. Ela está doente e viciada. E, por conseguinte, vive num círculo infernal que, a prazo, vai despoletar qualquer doença orgânica mais grave ainda.

Não se confunda o síndrome de E.L.D. com a depressão. Um estado depressivo pode ser sintoma da presença de "emoções de longa duração" agressivas.

Nelson S Lima 

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