EMOÇÕES HUMANAS

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TEXTOS de Nelson. S. Lima

A SABEDORIA DA FELICIDADE


A felicidade é um conceito que evoluiu ao longo dos tempos. Provavelmente, para os homens primitivos, a felicidade resumia-se a sentirem-se bem, a estarem protegidos dos animais selvagens e terem saúde e comida. As doenças eram muitas e vivia-se poucos anos. A maioria das crianças morria nos primeiros meses de vida. A felicidade, tal como a concebemos hoje, era desconhecida, mesmo impensável.

No tempo dos antigos Gregos a ideia de felicidade já era mais completa: "ter corpo são e forte, boa sorte e alma bem formada". Demócrito dizia que ela "era a medida do prazer e a proporção da vida" que era, afinal, manter-se afastado dos defeitos e dos excessos.

O filósofo Platão entendia que a felicidade tinha mais a ver com a virtude do que com os prazeres mundanos. Dizia ele: "os felizes são felizes por possuirem a justiça e a temperança; os infelizes são infelizes por possuirem a maldade". E que virtude é essa? É a capacidade da alma para dirigir o homem da melhor maneira!

Com o avançar dos tempos, a felicidade voltou a estar relacionada com o prazer. Os filósofos Locke e Leibniz estavam, nesse aspecto, de acordo: "o grau ínfimo daquilo que pode ser chamado de felicidade é estar tão livre de sofrimentos e ter tanto prazer presente que não é possível contentar-se com menos" (Locke). Assim, a felicidade era o maior prazer de que somos capazes e a infelicidade o maior sofrimento!

Actualmente, com o consumismo exacerbado, a felicidade passou a incluir o prazer de ter coisas, muitas coisas, desde objectos a ambições e riqueza material.

Talvez por nos termos afastado da natureza inicialmente simples da felicidade ela hoje parece ser mais difícil de alcançar. A culpa parece residir em nós. O verbo TER passou a ser mais importante que o SER. E esquecemo-nos que, segundo reza uma lenda indiana, a felicidade está alojada dentro de nós. Entretanto, andamos à procura dela cá fora: nos outros e nas muitas coisas que o mundo moderno tem para nos oferecer mas a que nem sempre temos acesso.

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